06 out 2025 
Posted by Irmãos em Cristo 
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SERVOS DO ÚNICO DEUS VIVO E VERDADEIRO. A ELE SEJA A GLÓRIA PARA TODO O SEMPRE !
The Blog
Nota do editor: Este é o sexto de 8 artigos da nova série de Desiring God – Satisfação em Deus em meio ao sofrimento.
Será que um mero ser humano como eu pode realmente se alegrar em Deus enquanto luta contra a ansiedade? Ou preciso esperar a poeira baixar antes de tentar encontrar a alegria novamente?
Provavelmente não preciso falar sobre a atual praga da ansiedade em nossa sociedade. Jonathan Haidt chama as crianças nascidas depois de 1995 de “a geração ansiosa”. Ele cita relatos que mostram que os níveis de ansiedade dobraram nas últimas décadas, especialmente entre os jovens de 18 a 25 anos. A depressão trilhou um caminho semelhante. O mais preocupante é que os suicídios se espalharam como uma nuvem escura e venenosa. Quase o dobro de homens jovens tiraram a própria vida em 2020 do que em 2010; entre as mulheres jovens, o número aumentou 167%. Tenho dois filhos pequenos e uma filha, e seus rostinhos tornam essas porcentagens, que de outra forma seriam clínicas, terrivelmente humanas. E se minha garota fosse um desses números? Só esse pensamento já me ameaça a ser adicionado dentro do grupo dos hiperansiosos.
Mas este artigo não é principalmente sobre os 18,2% (e a tendência é aumentar) de adultos que relatam níveis moderados a graves de ansiedade. Este artigo é sobre você e suas ansiedades. Quando você se deita na cama à noite, com todas as suas esperanças, mágoas e incertezas, quais preocupações guerreiam contra o seu coração e roubam a sua alegria? Seria possível — verdadeiramente, inesperadamente possível — alegrar-se em Deus enquanto lutamos contra os medos que às vezes nos atormentam?
Não é sobre nada?
Ao pensar nas ansiedades que se instalaram no meu travesseiro, mesmo nos últimos anos — problemas de saúde, problemas com a casa, problemas no trabalho, problemas financeiros, problemas familiares e muito mais —, elas não são momentos felizes para mim. São momentos difíceis, momentos dolorosos, momentos de “isso não pode simplesmente acabar”. Não associo isso a alegria, pelo menos não no começo.
Quando me lembro de ir para a guerra com essas preocupações, porém, penso quase imediatamente em dois versículos que têm sido minha espada e escudo no campo de batalha. Em Filipenses 4.6–7, o apóstolo Paulo escreve:
Não andem ansiosos por coisa alguma; em vez disso, orem e súplicas, e com ações de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.
É um mandamento e uma promessa surpreendentes: Não andeis ansiosos por coisa alguma. Confiai em Deus por meio da oração, e experimentareis a paz de Deus em tudo. Isso não é exagero nem ingenuidade; é uma promessa divina, inspirada por Deus. Coloque o seu medo específico neste versículo — “Não andeis ansiosos por [espaço em branco]” — e isso não mudará o que Paulo disse.
Quando o apóstolo diz “coisa alguma”, ele quer dizer qualquer coisa . Para aqueles que conhecem e amam a Cristo, não há nada em sua saúde, em sua casa, em sua vida que Deus não possa cobrir com paz genuína e sincera. Mas não apenas paz.
Alegrai-vos sempre no Senhor
Apenas dois versículos antes de Paulo abordar a ansiedade e prometer essa paz alucinante, o apóstolo diz algo ainda mais impressionante:
Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo, alegrem-se… Não andem ansiosos por coisa alguma. (Filipenses 4.4–6)
Não se preocupe com nada. Alegre-se sempre no Senhor . Este Deus não apenas oferece paz em todas as circunstâncias incertas, mas com essa paz, ele oferece alegria — uma alegria constante. Você consegue acreditar nisso? Você acredita que o Deus de força e valor infinitos é capaz não apenas de acalmar as tempestades furiosas em sua mente, mas também de colocar uma lanterna brilhante de alegria na escuridão do seu barco? Você acredita que o Deus que diariamente cuida de milhões de andorinhas e confecciona as pétalas brilhantes de bilhões de tulipas pode ser capaz de encontrá-lo e satisfazê-lo neste vale?
Você provavelmente conhece alguém que sobreviveu a uma terrível incerteza com uma alegria surpreendente. Quem foi um desses milagres de alegria na ansiedade na sua vida? Quando você pensa nele ou nela, provavelmente não vê o rosto brilhante e despreocupado que frequentemente imaginamos quando pensamos em alegria. Não, a alegria no vale da incerteza costuma ser um tipo de alegria mais pesada e séria. Não é a alegria de uma criança de cinco anos aprendendo a andar de bicicleta (eu também adoro essa alegria). É mais, imagino, como a alegria de um soldado finalmente vencendo uma batalha feroz, com seus amigos mais próximos ao seu lado.
Há uma alegria escondida em cada momento de incerteza, mesmo nos campos de batalha. É por isso que Paulo pôde dizer: “Alegrai-vos sempre no Senhor ” — e depois repetir: “outra vez digo: alegrai-vos”.
Mesmo na ansiedade
Então, é possível ter alegria na ansiedade? A sua ansiedade está além do alcance do “sempre” de Deus? Uma maneira de Deus provar sua glória no universo é sustentando e satisfazendo seu povo em meio a terríveis incertezas. E não há incerteza grande demais para Ele — nem mesmo a sua.
Precisamos lembrar que Paulo escreveu esses versículos das sombras da prisão — e ele sabia que talvez não conseguisse escapar desta vez (Filipenses 1.20). Sua preocupação era a morte. Quando escreveu: “Não andeis ansiosos por coisa alguma” e “Alegrai-vos sempre”, ele não estava em um lugar de conforto e segurança imprimindo slogans cristãos concisos. Se algum de nós tem motivos para estar ansioso, ele tinha mais.
E, no entanto, ali mesmo — na injustiça da prisão, na hostilidade da perseguição, às portas da morte — ele pôde se alegrar porque sempre teve mais motivos para se alegrar do que para se preocupar. Ele pôde dizer: “Considero tudo como perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” (Filipenses 3.8).
Se ele pôde se alegrar mesmo naquela época, você não pode se alegrar agora?
Publicado Originalmente em: https://voltemosaoevangelho.com/blog/2025/10/quando-a-ansiedade-nos-toma/