Hoje, cerca de dois mil anos depois, a cruz é o símbolo universalmente conhecido da fé cristã. Ela desempenha um papel de destaque no projeto arquitetônico e em mobílias de muitas igrejas. Capelães cristãos das forças armadas a utilizam em seus uniformes como o emblema de seus ofícios. A cruz tem sido estilizada em várias peças de joalheria e vem, muitas vezes, cravejada com pedras preciosas. Tais joias são frequentemente usadas apenas pela beleza, por pessoas que não têm ideia do seu significado.
Na época da morte de Cristo, no entanto, a cruz era um instrumento de incrível horror e vergonha. Era a punição mais miserável e degradante, infligida apenas a escravos e pessoas de menor importância. Se homens livres eram, em algum momento, submetidos à crucificação por grandes crimes como traição ou insurreição, a sentença não podia ser executada até que eles fossem colocados na categoria de escravos por infâmia, e tivessem, enfim, sua liberdade tomada por flagelação.
O que devemos fazer com tudo isso? Por que a morte de Cristo foi um evento tão surpreendente em si? E como era possível que o Filho eterno de Deus, por quem e para quem foram criadas todas as coisas (ver Colossenses 1.15-16), acabasse, em sua natureza humana, morrendo uma das mortes mais cruéis e humilhantes já inventadas pelo homem?