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Como discernimos o falso ensino? Esta pergunta está na mente de um ouvinte chamado Paul. “Olá, Pastor John! Sou um grande fã e adoro ouvir esses podcasts, eles realmente me ajudam a crescer na minha fé e convicções, bem como a me tornar melhor em ajudar os outros em suas próprias lutas. Minha pergunta é esta: a Bíblia nos dá muitos avisos sobre falsos mestres, mas como posso identificar se alguém que ouço na internet é um falso mestre? Várias pessoas foram acusadas de serem falsos mestres. Como eu discerniria isso? O que devemos averiguar para identificar um falso mestre?”

Bem, eu começaria dizendo: não estabeleça padrões tão baixos a ponto determinar que você deve parar de ouvir alguém somente se este alguém puder ser cabalmente denominado como um falso mestre. Muitas pessoas são professores simplesmente equivocados e inúteis em muitos aspectos, mas podem não se enquadrar, necessariamente, na categoria “falsos mestres”. Estabeleça padrões elevados. Ouça pessoas verdadeiramente centradas em Deus, que exaltam a Cristo, que são ricas na Bíblia, dependentes do Espírito, que carregam em suas vidas as marcas da autenticidade.

Mas já que você perguntou sobre como identificar falsos ensinamentos e falsos mestres, deixe-me apresentar quatro maneiras bíblicas de avaliar se alguém é um falso mestre. Faço isso simplesmente porque a Bíblia concorda com você que devemos estar atentos à realidade dos falsos mestres, e ela nos oferece testes.

1. Elas dão frutos?

Primeiro, há o teste do fruto de suas vidas. Jesus diz em Mateus 7.15-20:

Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. 

Paulo deu grande importância a esse princípio de santidade e justiça em sua própria credibilidade vitalizante ao evangelho. Vi isso recentemente, justamente porque estou lendo 1 Tessalonicenses. Quer dizer, ele fez um grande alarde sobre isso por dois capítulos.

Eis o que ele diz em 1 Tessalonicenses 1.5: “O nosso evangelho não chegou a vocês somente em palavras, mas também em poder, no Espírito Santo e em plena convicção. Vocês sabem como nos portamos entre vocês, por amor de vocês.” Isso é incrível. E então ele desdobra isso em dois capítulos: “Vocês sabem como nos portamos; portanto, julguem-nos por nossas vidas.”

É claro que nem sempre é fácil ver o fruto do comportamento de um professor, especialmente de professores da internet, certo? É por isso que você precisa analisar com cuidado, dedicar tempo e pertencer a uma igreja — uma igreja real, viva, humana, de carne e osso, presencial, com um pregador real e vivo cuja vida você conhece. Então, seja difícil ou não, Jesus disse: “Pelos seus frutos os conhecereis”.

2. Eles defendem a sã doutrina?

Em segundo lugar, há o teste das doutrinas sólidas e centrais — por exemplo, a doutrina da encarnação em 1 João 4.1–3, onde João diz:

Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.

Em outras palavras, se alguém nega que Jesus Cristo é o Deus-homem, Deus encarnado, é um falso mestre ou um falso profeta. João não quer dizer que, se você entender corretamente a encarnação, não há outros erros graves que você possa cometer. Não é esse o ponto. Ele estava simplesmente lidando com aquela questão específica naquela igreja, e, nesse aspecto, confessar que Cristo havia vindo em carne significava que você estava falando a verdade de Deus. Você acertou nisso, e essa era a questão naquela igreja.

Paulo enfatizou a mesma importância doutrinária, o teste doutrinário, em 1 Timóteo 6.3–4. Ele diz:

Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende…

Em outras palavras, precisamos avaliar as doutrinas que estão sendo ensinadas pelas sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e por suas implicações para a piedade. Esse é o teste número dois: doutrina, sã doutrina.

3. Eles se submetem às Escrituras?

Terceiro, há o teste da submissão às Escrituras. Paulo disse em 1 Coríntios 14.37-38: “Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo. E, se alguém o ignorar, será ignorado”. Isso é incrível. Você deve ser submeter à autoridade dos apóstolos, ou você é um falso mestre; você não é reconhecido.

João disse assim em 1 João 4.6: “Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus nos ouve; quem não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos o Espírito da verdade e o espírito do erro.”

Em outras palavras, os apóstolos elevaram seus ensinamentos ao nível de um teste de verdade. Se alguém não submeter seu pensamento e seus ensinamentos à autoridade dos apóstolos — aos mestres autorizados de Cristo que escreveram o Novo Testamento —, então não será um professor confiável. Isso não significa que não dirá coisas verdadeiras. Todo mundo diz coisas verdadeiras de vez em quando — até mesmo o diabo. Mas isso não os torna professores confiáveis.

4. Eles pregam o verdadeiro evangelho?

Por fim, há o teste do próprio evangelho. Paulo é extremamente enfático sobre isso. Gálatas 1.8–9:

Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.

E o evangelho que ele tinha em mente quando disse isso era o evangelho apresentado no livro de Gálatas, e é o Evangelho da justificação pela fé somente, independentemente das obras da lei. E ele o resume assim em Gálatas 5.2-3 :

Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar [isto é, como um passo para se reconciliarem com Deus na justificação], Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei.

Em outras palavras, se você insiste em guardar a lei como forma de justificação diante de Deus, você precisa guardar tudo, e perfeitamente. E então ele termina com este terrível aviso: “Separados estais de Cristo, vós que vos justificais pela lei; da graça decaístes” (Gálatas 5.4).

Nossa Melhor Proteção

Portanto, há pelo menos quatro testes bíblicos para falsos ensinamentos:

1. o teste do fruto do comportamento
2. o teste da sã doutrina
3. o teste de submissão às Escrituras
4. o teste de ensinar o puro Evangelho da justificação pela fé

E eu terminaria simplesmente nos lembrando que a melhor maneira de nos protegermos de falsos mestres é fazer parte de uma igreja saudável, que prega a Bíblia, e estarmos saturados de oração com a Bíblia todos os dias.

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Publicado Originalmente em: https://voltemosaoevangelho.com/blog/2025/07/como-identificar-um-falso-mestre/

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