No artigo “Revitalização de Igreja: Um Trabalho de Tartaruga, Não de Lebre“, Jeramie Rinne utiliza da parábola “A tartaruga e a lebre” para nos mostrar o perigo de se realizar uma reforma de maneira apressada na igreja. Após a introdução, ele os dá 4 tipos de coelhos da reforma da igreja. Confira quais são:
O purista
O purista tem fortes convicções teológicas. Ele tem sido abençoado com uma clara visão bíblica para a vida da igreja e sua prática. Ele corre obstinadamente, sem desviar do caminho.
Infelizmente, ele se move rápido demais para a congregação. Nos primeiros seis meses, ele propõe uma nova declaração de fé, uma mudança constitucional para adotar presbíteros e uma limpeza radical do rol de membros. Ironicamente, em seu zelo pela fiel teologia da igreja, ele trata com rudeza o verdadeiro povo da igreja. Ele esbraveja as doutrinas da graça todo domingo, mas falha em mostrar ao seu povo a paciente graça de Deus em sua maneira de lidar com eles.
Esse pastor pode ser demitido rapidamente. E, infelizmente, ele pode ir embora como um mártir teológico em sua própria mente, cego para os seus equívocos. Mais triste ainda, aquela igreja agora está vacinada contra a reforma bíblica de que ela desesperadamente precisa.
O pragmático
O extremo oposto do purista, o pragmático fará “qualquer coisa que funcione” para trazer as pessoas à igreja e mantê-las lá. Nada está fora dos limites, contanto que faça a igreja crescer e não envolva imoralidade flagrante ou óbvia heresia. Um pragmático carismático e talentoso pode fazer uma igreja crescer de 50 para 500 em pouquíssimo tempo, com uma sagaz mistura de humor, tecnologia, liderança e personalidade.
O pragmático pode descobrir como fazer frequência da igreja crescer rapidamente, dando todas as aparências de revitalização. Mas algumas questões importantes permanecem: as pessoas estão verdadeiramente sendo convertidas ao evangelho, arrependendo-se dos pecados e confiando em Cristo? Ou as pessoas estão apenas sendo “igrejadas” de um modo eficiente? Esse pastor está fazendo discípulos de Jesus ou apenas fãs da igreja da última moda? Ele está cultivando uma sequóia espiritual, que cresce lentamente, mas adquire uma estatura majestosa? Ou ele está meramente plantando uma rosa, que hoje desabrocha, mas murcha amanhã?
Infelizmente, quanto mais rápida e efetivamente alguém é capaz de aumentar a frequência de uma igreja, menos provável é que esse alguém questione teologicamente seus métodos. Números nos enfeitiçam.