…Sangue de aspersão, que fala melhor do que o de Abel.
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. – …Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. – É impossível que sangue de touros e de bodes tire pecados. Por isso, ao entrar no mundo. Diz: Sacrifício e oferta não quiseste, antes um corpo me formaste. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.
Abel… trouxe dos primogênitos das suas ovelhas com a gordura destas… Atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. – Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave.
Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo os corações purificados de má consciência e lavado o corpo com água pura. – Tendo… ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus.
Hb 12.24 – Jo 1.29 – Ap 13.8 – Hb 10.4,5,10 – Gn 4.4 – Ef 5.2 – Hb 10.22 – Hb 10.19
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Quando as legiões romanas invadiram a Caledônia (atual Escócia) no final do século I d.C., foi dito pelo historiador Tácito que o poderoso chefe celta Calgacus emergiu e reuniu suas tribos contra o poder de Roma, pronunciando a famosa declaração: “Eles criam um deserto, e chamam isso de paz.”
O pastor cristão de hoje também está defendendo o cristianismo bíblico em meio a um deserto secular criado por uma cultura anticristã. A Bíblia descreve um pastor fiel como um presbítero que supervisiona o rebanho e a família de Deus. De acordo com Paulo, os pastores/presbíteros governam a igreja (Tt 1. 5) e guardam os tesouros de Cristo (v. 9). Além disso, eles ministram ao povo ensinando, repreendendo, corrigindo e educando na justiça (2Tm 3.16).
Se alguma vez houve uma era na história cristã na qual os crentes deveriam se comprometer a orar por seus pastores, essa era é agora. Tiago repreende nossa falta de oração quando diz: “Nada tendes, porque não pedis;” (Tg 4.2). E que orações estamos oferecendo a Deus em nome de nossos pastores? Deixe-me sugerir algumas.
Se o seu ministro não está sendo abençoado e instruído pela Palavra, é altamente improvável que você esteja. Seu bem-estar espiritual está diretamente ligado ao fato de seu pastor buscar o Senhor em sua preparação para o púlpito sagrado. Se ele não estiver buscando diligentemente ao Senhor, você também não o encontrará em sua pregação.
Um pastor piedoso é um arauto alegre e zeloso do Rei Altíssimo. Seu entusiasmo em proclamar a Palavra de Deus será contagiante, impossível de deter e facilmente evidente, para todos que o ouvem, que este é um homem que conhece seu Deus. 2 Timóteo 4.1-2 diz:
“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.”
Suspeito que muitas pessoas que se sentam, semana após semana, nos bancos de suas igrejas, não têm ideia de como um domingo é difícil para um pastor e sua família. Ore pelos domingos do seu pastor. Robert Murray M’Cheyne diz: “Sentimos que um sabbath agradável é um dia do paraíso na terra. . .. Amamos acordar cedo naquela manhã e ficar acordados até tarde, para que possamos ter um longo dia com Deus”.
Ore para que Deus ajude seu pastor no meio de suas ocupações a provar e ver que o Senhor é bom. Ore para que seus filhos cresçam amados e estimados na família da fé. Joel Beeke diz: “O culto em família é a base da educação dos filhos. À medida que o culto em família avança, a família também avança. Os puritanos sabiam que o culto familiar era a espinha dorsal da sociedade.” Lemos em Deuteronômio 6. 4-7:
“Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”.
Que o seu pastor tenha amor cristão pelos perdidos e alegria em falar aos outros sobre o Rei-pastor. Se um homem ama o Senhor, ele ama contar aos outros a antiga história do evangelho. Ele também ensinará e servirá de modelo para outros com um senso renovado de evangelismo e missão. Ele é digno de receber a glória e honra que lhe é devida (Ap 4.11). Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, é digno de receber a glória. Precisamos que nossos pastores tenham zelo pelos perdidos.
Um relacionamento pessoal crescente com Cristo fornecerá a motivação e o zelo necessários para o dever de um pastor para com Deus. Vai ser cansativo. Isso exigirá um comprometimento total e integral. Ore para que Deus supra todas as necessidades físicas e emocionais do chamado para servir. Os pastores muitas vezes estão sujeitos a tentações espirituais únicas, então ore para que Deus proteja esses homens do maligno. Ore para que eles sejam guardados e recebam santidade pessoal. Ore para que eles apliquem os meios da graça aos seus próprios corações, com a ajuda de Deus.
Thomas Smyth, da histórica e anterior à guerra, Segunda Igreja Presbiteriana em Charleston, S.C., uma vez responsabilizou um jovem pastor, dizendo:
“Pregar é o sua ocupação preeminente, então o evangelho é a soma e a substância de sua pregação – o poder de Deus e a sabedoria de Deus para a salvação. A necessidade está imposta a você, sim, ai de você se você não pregar o Evangelho. . .. Pregue a Cristo conforme estabelecido no evangelho – a soma e a substância do testemunho de Deus e o autor da salvação eterna para todos os que creem nele.
Pregue – este glorioso evangelho de boas novas – primeiro e por último, de todas as maneiras e em todos os lugares, em público e em particular; no púlpito e pela imprensa; para os vivos e para os moribundos; para os perdidos e salvos”.
Ore pelo seu pastor, ore como se sua própria vida, e daqueles que você ama, dependessem disso.
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Ao homem que teme ao SENHOR, ele o instruirá no caminho que deve escolher.
São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons todo o teu corpo será luminoso. Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos. – Quando vos desviardes para a direita, quando vos desviardes para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele. – Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista. Não sejais como o cavalo ou a mula. os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá. Alegrai-vos no SENHOR, e regozijai-vos, ó justos: exultai, vós todos que sois retos de coração.
Eu sei. ó SENHOR, que não é do homem o seu caminho, nem do homem que caminha o dirigir os seus passos.
Sl 25.12 – Mt 6.22 – Sl 119.105 – Is 30.21 – Sl 32.8-11 – Jr 10.23
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Eu sou o SENHOR, que vos santifico.
Eu sou o SENHOR vosso Deus, que vos separei dos povos. E sereis para mim santos; porque eu, o SENHOR, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus.
Amados em Deus Pai. – Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. – O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. – Grande Deus e nosso Salvador Cristo Jesus… se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda iniquidade, e purificar para si um povo todo seu zeloso de boas obras. – Tanto o que santifica, como os que são santificados, vêm todos de um só; por essa causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos. – A favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. – Em santificação do Espírito para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo.
Lv 20.8 – Lv 20.24-26 – Jd 1 – Jo 17.17 – 1 Ts 5.23 – Hb 13.12 – Tt 2.13,14 – Hb 2.11 – Jo 17.19 – 1 Pe 1.2
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Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito.
Jesus… disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. – Àquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
Povo que formei para mim, para que publicasse o meu louvor. – Para que agora a multiforme sabedoria de Deus por meio da igreja, fosse conhecida aos principados e potestades nas regiões celestes, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor. – Para mostrar nos séculos futuros a suprema riqueza da sua graça em bondade para conosco em Cristo Jesus.
Tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade. – Vós… sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
Is 53.11 – Jo 19.30 – 2 Co 5.21 – Is 43.21 – Ef 3.10,11 – Ef 2.7 – Ef 1.13,14 – 1 Pe 2.9
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O debate sobre o relacionamento entre a ciência e a fé cristã tem atraído o interesse de diferentes tradições cristãs – visto que colocam a cosmovisão cristã sob a prova da realidade. Contudo, às vezes acaba por se concentrar nos campos da biologia e da física. Neste texto, busco apresentar a necessidade de atuação e produção cristã em uma área que tem sido deixada de lado nas discussões: a tecnologia, especialmente o uso e desenvolvimento de softwares.
A tecnologia tem se tornado cada vez mais onipresente, a ponto de parecer, aos nossos olhos, pertencente à ordem natural, sem sabermos como viver sem ela. Transporte, indústria, agropecuária, comunicação, mercado financeiro, saúde e muitas outras áreas seriam impossíveis na escala atual sem a tecnologia. O comportamento humano tem sido cada vez mais padronizado, a privacidade relativizada, a ética e a antropologia repensadas e a abordagem pastoral à tecnologia tem se limitado a lidar com vício em redes sociais e ao consumo de material e jogos impróprios.
Diante disso, apresento cinco tópicos para os quais deveríamos buscar desenvolver respostas cristãs em contraposição às respostas seculares. A proposta é apresentar questões sobre problemas existentes para incentivar a produção de boas respostas.
Antes de nos aprofundarmos em questões específicas, deveríamos começar pelo testemunho básico: o uso responsável dos softwares e ferramentas. Não é raro igrejas usufruírem de pirataria ou não respeitarem devidamente licenças de uso. Algumas vezes, o erro acontece por desconhecimento, como no uso de alguma ferramenta que, mesmo que seja gratuita, possui requisitos de uso em sua licença que não são cumpridas.
Outras vezes, é a quebra do oitavo mandamento tão aberta e frequente que a consciência já está cauterizada. Não é raro o pecado ser justificado pelo preço do produto ou serviço oferecido, como se o alto custo de algo autorizasse o roubo. Neste ponto, portanto, encorajo juristas cristãos a desenvolverem uma forma das igrejas entenderem o uso correto dos softwares e que os presbíteros não deixem um pecado como o furto se tornar prática comum e aceita de uma igreja cristã.
A privacidade online tem se tornado tema recorrente no debate público. O Brasil, inclusive, aprovou a Lei Geral de Proteção de Dados, com diversas regras sobre o uso de dados dos usuários em softwares, afetando diversas empresas. Qual é o limite para que os benefícios oferecidos por uma ferramenta deixem de compensar a perda de privacidade? Deveríamos aceitar o uso de ferramentas e redes sociais sem ler os termos de privacidade? Considerando o papel que o cristianismo entende para o Estado, mesmo dentre suas diversas escolas de pensamento, qual o limite da intervenção estatal na regulação dos usos dos dados dos usuários por parte das empresas? Qual o impacto que a cosmovisão cristã trará em um desenvolvedor de software ao decidir sobre a obtenção e uso dos dados do seu usuário?
Devemos estar preparados para apresentar um uso sábio e maduro da tecnologia, cientes do valor das informações sendo entregues aos serviços utilizados.
O que é o homem? Somos livres naquilo que decidimos e desejamos? Qual o limite da agência humana e o quanto somos manipulados para fazer o que fazemos? Atualmente, sistemas de aprendizado de máquina estão colocando as respostas existentes para estas questões sob forte tensão. Como as respostas cristãs lidam com a possibilidade de prever as decisões de uma pessoa a partir de um conjunto de informações obtido no decorrer do tempo? O consumo de produtos, informações, conteúdo e até mesmo decisões morais não são isentos da influência das informações apresentadas a nós e essas informações estão cada vez mais direcionadas e intencionais.
A despersonalização do outro através da tecnologia não se dá apenas pela virtualização dos relacionamentos, mas pela redução do significado de pessoa, visto que ela pode ter seus desejos previstos, estimulados e induzidos de forma bastante eficaz. Qual o efeito da Queda na facilidade em antecipar e manipular os desejos humanos?
Uma das grandes discussões atuais dentro da área da tecnologia hoje é sobre o viés dos dados obtidos e seu uso no aprendizado de máquina e inteligência artificial. Um exemplo onde ficou claro o problema de viés em modelos de dados foram os casos em que o Google Photos identificou pessoas negras como gorilas. Caso uma amostra de dados tenha mais brancos que negros, é possível que o software entenda uma pessoa branca com maior chance de ser pessoa que uma negra. Da mesma forma isso pode ocorrer na busca por profissionais: caso existam mais profissionais homens com boas avaliações que mulheres, um modelo poderia trazer a informação de que profissionais homens são melhores que mulheres.
Muitos outros exemplos poderiam ser dados, mas fica claro que há uma necessidade de representatividade dentro da tecnologia. Isso não implica nas políticas identitárias atuais, mas dialoga com elas. Considerando o entendimento cristão do pecado original, as decisões tomadas por uma ferramenta são neutras? De quem é a responsabilidade caso um software tome uma decisão racista?
Por fim, trago uma chamada a um relacionamento saudável com a tecnologia. Cada vez mais, ela participa de nossa vida; as assistentes virtuais se tornam mais úteis e inteligentes, a busca de informação se torna mais transparente e o conhecimento menos centralizado. Essas são coisas pelas quais devemos dar glória a Deus, louvando-o pela grandiosidade da sua graça.
Não podemos repetir erros do passado ao demorarmos na apresentação de respostas e apenas reagir sem sabedoria, recuando a um estado de negação e separação da cultura. Em um mundo onde a verdade é relativizada e todos anseiam por respostas, devemos apresentar a cosmovisão cristã como a única que realmente está fixa na realidade e a qual nosso coração deve estar totalmente comprometido.
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Thiago Rafael Vieira
Jean Marques Regina
Este texto contém excertos do livro: Direito Religioso: Questões Práticas e Teóricas, autoria de Thiago Rafael Vieira e Jean Marques Regina [3ª Ed. Rev. e ampl. São Paulo, Vida Nova, 2020.]
Para compreender a história da relação entre Igreja e Estado precisamos partir da premissa de que o Estado Laico não nasceu de um dia para o outro e muito menos com a Revolução Francesa, também, que não se trata de um sistema único, sem variantes e adotado de forma universal. No mesmo sentido, é essencial entender as características dos mais diferentes sistemas de interação entre a Igreja/Religião e o Estado, e um deles, que falaremos brevemente, é a Teocracia. Acompanhar a linha histórica e seus desdobramentos, permite ao leitor ter respostas e não cair na falácia de que o “Brasil está virando uma teocracia com o governo Bolsonaro”, ou que “a melhor forma de governo é uma teocracia” (pensando na Nova Jerusalém, realmente é, mas, por enquanto, entendemos que não).
Na teocracia existe uma identificação entre o Estado e a religião, ou, entre a sociedade política e a comunidade religiosa. Sendo que, no sistema tradicional da teocracia, existe um domínio do poder religioso sobre o poder político, enquanto no sistema da teocracia cesaropapista ocorre o inverso[1]. O professor José Afonso da Silva os denomina como sistemas da confusão,[2] visto que sucede uma verdadeira “confusão” entre o chefe do poder civil/secular e o chefe do poder religioso, que assume os dois signos, tanto o secular quanto o transcendental, em última análise.
Na Antiguidade, percebemos até mesmo a inexistência de domínio de um poder ou outro, pois tudo era uma coisa só. A confusão de signos na Antiguidade era enorme, isso desde as sociedades tribais, no período pré-civilizatório, até Platão, tanto que praticamente não existia qualquer distinção entre direito, moral e religião. Na maioria das civilizações da antiguidade, o poder político e o poder religioso confundiam-se ou coincidiam-se[3] dentro na unidade política, em típica teocracia pura sem distinção de poderes. Nem romanos nem gregos conheceram os tristes conflitos, tão comuns em outras sociedades, entre a igreja e o Estado. Mas isso deve-se unicamente ao fato de que o “Estado”, ou melhor dizendo, a “política”, estava submetida à religião. O Estado antigo não obedecia a um clero, mas era submetido à sua própria religião. Estado e religião estavam tão intimamente unidos que seria impossível não só fazer ideia do conflito entre eles, mas mesmo diferenciá-los entre si[4]. Esse modelo de teocracia permeava toda “a Antiguidade oriental, do Egito à Pérsia, e, de certa maneira, nas Cidades-Estados gregas, fundadas nos cultos dos mesmos antepassados”[5].
Como vemos, na Antiguidade clássica e antes dela, encontramos uma interação política entre o poder religioso e o político quase de forma a não existir uma distinção, enquanto, a partir do cristianismo esses poderes começam a serem distinguidos e separados, especialmente a partir da famosa frase de Cristo, registrada nos evangelhos: “Dai a César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.
Já a teocracia cesaropapista nada mais que é do que uma variação da teocracia, onde existe uma ascensão do poder temporal ou político sobre o poder espiritual. No cesaropapismo encontramos a figura da autoridade civil acima da autoridade religiosa detendo a última palavra. Essa forma de interação da política com a religião ganha forma a partir de 44 a.C. quando César foi nomeado ditador perpétuo, sendo cônsul e Pontífice Máximo ao mesmo tempo, juntando de vez os signos do Poder Político e Religioso na mesma pessoa, com domínio do Político. Entrentanto a teocracia cristã é inaugurada pelo Imperador Constantino, primeiro quando ele promove a liberdade dos cristãos de cultuar a Deus, por meio do famoso Édito de Milão em 313 d.C, depois quando ele começa a influenciar a vida e o culto da Igreja Cristã, como se denota na própria convocação do concílio de Nicéia em 325 d.C, o qual ele preside, nos moldes do senado romano.
Podemos lembrar, ainda da teocracia de Carlos Magno, século IX, em que ele não assume o poder religioso, mas, utiliza seus valores para influenciar a corte e todo o reino, combatendo, também, os maus religiosos. A influência cristã foi tão grande na dinastia carolíngia a ponto de Eric Voegelin dizer que Carlos Magno inaugurou um sistema próprio, o qual ele denominou de papocesarismo.
Há muitos acontecimentos que confirmam as diferenças entre estes dois sistemas de teocracia. Nesse texto, listamos apenas alguns dos mais importantes. A partir deles, novas concepções começaram a florescer no seio de diferentes civilizações, dando origem a novos sistemas de governo e de interação deste com a Igreja, bem como permitindo que o povo e os governantes desenvolvessem alternativas para enfim promover a soberania das esferas, bem como garantir a liberdade religiosa.
[1] Miranda, Jorge. Estudos sobre a Constituição (Lisboa: Almedina, 1979), p. 2.
[2] José Afonso Silva, Curso de Direito constitucional positivo, 16. ed. (São Paulo: Malheiros, 1999), p. 253.
[3] Davide Argiolas, A responsabilidade civil das entidades religiosas (Coimbra: Petrony, 2017), p. 38.
[4] Furtel de Coulanges, A cidade antiga, 2. ed., tradução de Jean Melville (São Paulo: Martin Claret, 2001), p. 118.
[5] Miranda, Jorge. Estudos sobre a Constituição (Lisboa: Almedina, 1979), p. 3.
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O SENHOR dá a sabedoria; da sua boca procedem o conhecimento e o entendimento.
Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. – Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente, e não censura, e ser-lhe-á dada. – A loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. – Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios… Para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus.
A revelação das tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples. – Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.
Todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca. – Nunca homem algum falou assim como este homem. – Vós sois dele em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção.
Pv 2.6 – Pv 3.5 – Tg 1.5 – 1 Co 1.25 – 1 Co 1.27-29 – Sl 119.130 – Sl 119.11 – Lc 4.22 – Jo 7.46 – 1 Co 1.30
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“— Mamãe, só mais uma história?” É o pedido daqueles olhinhos curiosos e semiabertos de tanto sono. Quase todas as noites o alvoroço começa quando nos achegamos no sofá ou em nossa cama para contarmos histórias. Eles se aconchegam, sorriem, imaginam e sempre pedem por mais.
Lembro de quando eu era pequena e fui a uma EBF (Escola Bíblica de Férias). Ouvimos a história de Hudson Taylor, o grande missionário na China. Fiquei encantada com sua vida de oração e desprendimento material. Alguns meses atrás, essa mesma história de vida piedosa pôde ser ouvida por meus filhos, que privilégio!
Crianças amam histórias e creio que Deus também, pois ele mesmo escolheu lindas histórias para nos ensinar. Afinal, é em sua Palavra que conhecemos a Grande História, a história da redenção e essa grande história deve ser contada de geração em geração (Salmo 78).
A grande história da redenção é contada todos os dias em todas as nações, pois pessoas como eu, você e nossos filhos têm sido alcançadas e suas vidas mudadas, para escreverem novas histórias que vivificam nossa fé e nosso amor por Jesus Cristo.
Creio que as histórias são ferramentas didáticas para nos ensinarem e também a nossos filhos. E por que não usar essa ferramenta para criarmos oportunidades para compartilhar o evangelho e fortalecer a fé de nossos pequenos? Considere quatro motivos para lermos biografias para nossos filhos:
O evangelho é real e nossos filhos precisam saber disso. O evangelho transforma vidas nos dias de hoje, transformou vidas no passado e transformará no futuro. O evangelho traz pessoas das trevas para luz e lhe dá uma razão para viver, encher a Terra com a glória de Cristo.
Ao ler as biografias de homens fiéis ao Senhor no passado, vemos que Cristo trabalha pelos seus. Jesus cumpre o que prometeu em sua palavra, de salvar pessoas e sustentar sua igreja para que a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida (Ef 3.10). Jesus Cristo, ontem e hoje é o mesmo e o será para sempre (Hb 13.8). Quanta esperança traz ao nosso coração ao ver a fidelidade de Deus.
Grandes verdades sobre quem Deus é e seu desejo para nossas vidas são vistas e nos desafiam quando lemos as biografias.
Deus usa pessoas imperfeitas para expandir Seu reino. Gente como nós! Isso nos motiva a querermos ser usados por Deus. Não se limita àquela história distante, Deus pode e quer nos usar.
Ver homens e mulheres serem diligentes naquilo que Deus os confiou levantam perguntas de auto avaliação em nossa fé. Como tenho vivido, tenho sido fiel naquilo que ele tem me confiado?
Uma das coisas que mais me marcam nas biografias é a forma que esses missionários administram seu tempo, dinheiro, focam em sua missão de vida e perseveram na oração. São corajosos em buscar a piedade e isso nos dá aquele combustível para aprendermos com seus exemplos.
A leitura das biografias confronta nossos valores terrenos atuais com os valores celestiais e eternos. As biografias nos ensinam a olharmos para Aquele que é dono da nossa fé, Jesus.
Hoje nós vivemos a vida de uma forma tão corrida que estamos nos esquecendo de viver a vida comum do lar. Não somos intencionais no cuidado da vida espiritual de nossos filhos. Não sabemos suas preferências, medos, preocupações e no que estão pensando. Vivemos de baixo do mesmo teto, mas estamos longe e surdos uns para com os outros.
Quando intencionalmente paramos para lermos juntos, valores estão sendo comunicados. O fato de todos juntos estarmos “amontoados” no sofá ou na cama enquanto um recebe um cafuné e outro está no colo, mostra um amor uns pelos outros, um cuidado e uma união. E eles amam momentos assim!
Quando lemos as histórias de homens e mulheres assim, podemos criar perguntas que os fazem pensar na sua vida com Deus: “— Você teria coragem de deixar seu país e ir falar de Jesus na China?” “— Olha como esses homens oravam a Deus, você acredita que Deus ouve e responde orações assim?” “— Mesmo diante das dificuldades esses homens não deixaram sua fé em Jesus. Por que você acha que eles fizeram isso?”
Grandes oportunidades de conversas são criadas quando lemos biografias e verdades podem ser ditas ao apresentar e explicar o evangelho. A leitura das biografias cria oportunidades para explicar a fé na prática. Grandes verdades teológicas são vistas em gente comum, aproximando-nos de uma vida poderosa no evangelho.
Ter uma caixa de lenço de papel ao lado, durante a leitura de biografias, é essencial. Muitas vezes, lágrimas corriam dos meus olhos ao ler essas histórias. E logo vinham as perguntas: “— Mãe, você está chorando? Por quê?” A resposta era simples, porque é lindo como Deus vai trabalhando na vida das pessoas para as tornarem parecidas com Cristo. E é assim que Deus está agindo em nossas vidas, não somos perfeitos, mas por sua graça, e por fé sabemos que ele está trabalhando em nossas vidas. Precisamos crescer em coragem, diligência, oração, generosidade e amor. Nossos filhos precisam ver que, como os missionários, também estamos caminhando com Cristo. Não somos perfeitos, mas juntos podemos olhar para aquele que é perfeito. E assim, vamos escrever nossa história para honra e glória dele.
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Nossa alma sente fome assim como nosso corpo. Jesus disse que “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mt 4.4). Nossa alma requer uma alimentação regular das Escrituras. E note a palavra “toda” em Mateus 4.4. Precisamos da palavra de Deus completa para ficarmos saudáveis e não somente alguns versículos espalhados. A. W. Tozer estava certo: “Nada a menos do que a Bíblia completa pode fazer um cristão completo.”
Eu tive uma amiga no ensino médio, chamada Julie que tinha anorexia nervosa. A anorexia é uma doença de devasta algumas mulheres, causando extrema perda de peso por conta de uma recusa à comer. Isso leva a um hemograma anormal, fatiga, enfraquecimento do cabelo, ritmos cardíacos irregulares e baixa pressão sanguínea. E o mais assustador é que meninas e mulheres anorexas não conseguem ver como elas estão magras. Elas se olham no espelho e não vêm os ossos saltando. Na verdade, elas ainda acham que vêm gordura.
Cristãos podem ser anoréxicos de Bíblia. Eu frequentei um estudo bíblico de mulheres que tinha um livro com várias tarefas de casa. Nós tínhamos que fazer a lição em casa e nos encontrar pessoalmente para conversar sobre ela. Uma amiga me falou que estava frustrada com o estudo. Ela disse, “Eu gosto de vir pro estudo bíblico, conversar com as mulheres e abrir minha bíblia. Mas aí eu gosto de fechar minha bíblia e ir pra casa.”
Essa mulher estava ocupada servindo na igreja. Ela fazia parte do grupo de louvor e ajudava no ministério das crianças, mas não tinha entendido que precisava das Escrituras na sua alimentação regular e pessoal em casa. Para ela, Bíblias eram só para eventos da igreja. Ela achava que um prato aqui e acolá iriam sustentá-la. Ela estava infeliz com sua vida e não conseguia ver que tinha emagrecido espiritualmente, mesmo com todos os seus trabalhos na igreja. Ela estava anoréxica de bíblia.
Deus chama a sua palavra de pão, leite e mel. Ele nos a deu graciosamente para nos manter vivos e permitir nosso crescimento. 2 Pedro 1:3 diz, “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” Note que o poder divino de Deus trabalha através do conhecimento de Cristo. É por isso que a Bíblia é o prato principal do nosso menu espiritual.
Paulo repetidamente exorta seus leitores a crescerem no conhecimento de Cristo. Em suas cartas, ele nos ensina sobre Cristo e nos encoraja a ensinar a outros sobre Cristo também. Ele ora em Filipenses 1.9 para “…que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção.” Nesse mundo moderno, pensamos em amor como simplesmente um sentimento, mas Deus quer que nosso amor aumente em pleno conhecimento. Quando o nosso conhecimento e discernimento crescem, nosso amor se purifica e nós damos frutos que contribuem para a glória de Deus. Assim como comemos para alimentar todas as células do nosso corpo, nós lemos e ouvimos para dar força para nossa alma e coração.
Assim como cristãos podem ter anorexia bíblica, as igrejas podem morrer de fome também. Música moderna, vídeos artísticos e ilustrações inteligentes podem atrair uma multidão, mas é a palavra de Deus que o Espírito Santo usa para construir sua igreja. Infelizmente, a Bíblia tem sido negligenciada hoje em dia em muitas igrejas. Até igrejas “bíblicas” não lêem partes substanciais da Bíblia em seus encontros. Talvez porque elas acham que seria chato. Verdades bíblicas em cânticos e hinos são substituídas por expressões emotivas que falam como nos sentimos a respeito de Jesus e como ele nos faz sentir. E quanto ao sermão, ele tem frequentemente sido renegado a 20 minutos de histórias tocantes e comentário cultural para acabar com a monotonia da pregação. Afinal de contas, nós vivemos em uma era digital e foi dito que nosso tempo de concentração é menor do que a concentração de um peixe.
Em contraste, aqui está o que Paulo disse para a igreja: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.” (Cl 3.16) A palavra de Deus ressoa pela igreja que se encontra para ler, orar, cantar e ouvir da palavra de Deus. Essa palavra habita ricamente e cresce de dentro para fora. A igreja cresce forte, de forma que de fato “… o teu progresso a todos seja manifesto.” (1 Tm 3.15).
Quem dera mais igrejas buscassem a manifestação da verdade (2 Co 4.2) para produzir cristãos que crescem em maturidade. Somente a Bíblia, capacitada pelo Espírito de Deus, é suficiente para esse trabalho. Cristãos e suas igrejas devem se encher das Escrituras.
Um banquete de Cristo nos espera. Não passe fome, aproveite o banquete!
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Meu refúgio és tu no dia do mal.
Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Levanta, SENHOR, sobre nós a luz do teu rosto. – Cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua misericórdia· pois tu me tens sido alto refúgio e proteção no dia da minha angústia.
Dizia eu na minha prosperidade: Jamais serei abalado… ocultaste o teu rosto, e fiquei conturbado. A ti. SENHOR, clamei, e ao SENHOR supliquei: Que proveito haverá no meu sangue, se eu descer à cova? Porventura te louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade? Ó SENHOR, sê o meu ajudador.
Por um pequeno momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei; num ímpeto de indignação escondi de ti por um momento o meu rosto; mas com benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor. – A vossa tristeza se converterá em alegria. – O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.
Jr 17.17 – Sl 4.6 – Sl 59.16 – Sl 30.6,8-10 – Is 54.7 – Jo 16.20 – Sl 30.5
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O novilho todo, levá-lo-á fora do arraial, a um lugar limpo, onde se lança a cinza, e o queimará com fogo sobre a lenha.
E tomaram a Jesus e o levaram. E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota, onde o crucificaram. – Os corpos daqueles animais. Cujo sangue é trazido para dentro do Santo lugar pelo sumo sacerdote como oferta pelo pecado, são queimados fora do acampamento. Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio. – A comunhão dos seus sofrimentos.
Visto que sois participantes dos sofrimentos de Cristo, regozijai-vos, para que também na revelação da sua glória exulteis cheios de júbilo. – Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória.
Lv 4.12 – Jo 19.17,18 – Hb 13.11-13 – Fp 3.10 – 1 Pe 4.13 – 1 Co 4.17
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A homossexualidade não é o único pecado mencionado em 1 Coríntios 6.9-10.
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.”
Não é o único pecado mencionado, mas é diferente de todos os outros, pelo menos agora. Neste momento da história, ao contrário dos outros pecados listados aqui, a homossexualidade é celebrada por nossa sociedade em geral com entusiasmo pioneiro. É visto como uma coisa boa, como a nova marca do progresso.
Com certeza, as massas cada vez mais não escondem o pecado em geral. Inúmeras pessoas são idólatras, sem falar daqueles que são sexualmente imorais, que cometem adultério, que roubam e são gananciosos e se perdem, que insultam o próximo e enganam os outros. Isso acontece o tempo todo. E cada um desses pecados impenitentes é o mesmo no sentido do julgamento de Deus. Todos eles merecem sua ira. E somos constantemente lembrados de que “tais fostes alguns de vós” (1Co 6.11). Você, que está na igreja.
Mas, pelo que eu sei, nenhum desses pecados é veementemente aplaudido por grupos inteiros de pessoas que defendem sua normalidade. A imoralidade sexual não é mais a ponta de lança para o avanço progressivo. O adultério ainda é desaprovado por muitos. As acusações de ganância ainda mancharão a campanha política de um candidato. O roubo ainda não foi adotado abertamente e não há iniciativas oficiais dizendo que não há problema em pegar coisas que não pertencem a você. Ainda não existe uma agenda para bêbados. A maioria não se orgulha de escolher uma bebida ao invés da estabilidade, e não há petições para que o governo suspenda as restrições de trânsito de indivíduos embriagados. Insultar os outros ainda não é visto como a melhor maneira de fazer amigos e influenciar pessoas. Fraude, especialmente em nível corporativo, geralmente leva alguém para a prisão. Na verdade, a infraestrutura da economia americana depende, em certa medida, de nosso desdém compartilhado por golpistas coniventes.
Talvez com exceção da fornicação, esses pecados ainda são vistos sob uma luz bastante negativa. Mas não a prática homossexual, não por aqueles que agora falam mais alto e ocupam posições de destaque. De acordo com o consenso emergente, a homossexualidade é diferente.
Como cristãos, acreditamos com a mais profunda sinceridade que abraçar a prática homossexual, junto com outros pecados, mantém as pessoas fora do reino de Deus. E se nossa sociedade celebra isso, não podemos ser simpáticos e não dizer nada. Muito mais está em jogo. Seria uma simplificação exagerada dizer que os cristãos – ou evangélicos conservadores – são simplesmente contra a homossexualidade. Somos contra qualquer pecado que impeça as pessoas de experimentar a alegria eterna em Deus, e a prática homossexual simplesmente ganha toda a imprensa porque, neste momento cultural, é o principal pecado que, recentemente, tem sido tão endossado em nosso contexto pelos poderes constituídos.
Esperemos que, se houver alguma nova agenda cultural promovendo o roubo – uma que diga que agora é nosso direito tomar o que quisermos dos outros por quaisquer meios – os cristãos se manifestem contra isso. A questão é o pecado. É contra isso que somos. E é isso que deve tornar nossa voz tão única quando falamos neste debate.
Alguns gostariam de ver toda essa questão da homossexualidade dividida em dois campos: aqueles que celebram e aqueles que odeiam. Ambos os grupos existem em nossa sociedade. Há um número crescente, sob grande pressão da sociedade, que louva a homossexualidade. Podemos chamá-los de esquerda. E há pessoas que odeiam a homossexualidade, com a lógica mais preconceituosa e à parte de qualquer preocupação cristã. Podemos chamá-los de direita.
O debate atual é atormentado por essa lente binária. Os da esquerda tentam agrupar todos os que discordam deles no lado da direita. Se você não apoia, você odeia. Enquanto isso, os da direita veem compromisso e fraqueza em qualquer um que não fique com o rosto vermelho e militante. Se você não odeia, você apoia.
Mas os verdadeiros seguidores de Cristo não seguirão nenhum desses caminhos. Temos algo a dizer que ninguém mais está dizendo ou pode dizer.
Distanciando-nos tanto da esquerda quanto da direita, não celebramos a prática homossexual; reconhecemos a palavra revelada de Deus do que é pecado. E não odiamos aqueles que abraçam a homossexualidade; nós os amamos o suficiente para não apenas entrar em colapso sob pressão da sociedade. Falamos a verdade em amor nesta confusão, dizendo, simultaneamente, “Isso está errado” e “Eu te amo”. Não somos a esquerda; dizemos, isso está errado. E não somos a direita; dizemos, você é amado. Contamos boas novas, com aquelas palavras mais doces, profundas e gloriosas da cruz – as mesmas palavras que Deus nos falou – “Você está errado e é amado”.
Deus nos diz que estamos errados, que o salário do pecado é a morte, que rebelião impenitente significa julgamento, que nosso resgate exigiu a morte maldita de seu Filho (Rm 6.23; Jo 3.36; Gl 3.13). E Deus nos diz que somos amados, que mesmo enquanto éramos pecadores, Jesus morreu por nós, que enquanto éramos injustos, Jesus sofreu em nosso lugar, que embora estivéssemos destinados à ira, Jesus nos recebe na glória (Rm 5.8; 1Pe 3.18; Ef 2.1-7).
Você está errado e é amado – essa é a voz única do cristão. Isso é o que dizemos, falando por experiência própria, como Tim Keller tão bem coloca: “Somos muito piores do que jamais imaginamos e muito mais amados do que jamais poderíamos sonhar”.
Essa é a nossa mensagem neste debate, quando as elites da sociedade nos desprezam, quando as canções pop nos vilipendiam, quando ninguém mais tem recursos para dizer nada fora dos dois extremos, temos esta oportunidade incomparável de deixar o evangelho brilhar, de alcançar a graça: você está errado e você é amado. Temos que dizer isso.
É por isso que a homossexualidade não é como os outros pecados.
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O teu nome é como unguento derramado.
Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave. – Para vós os que credes, é a preciosidade. – Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho. – Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. – O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. – Encheu-se a casa do cheiro do unguento. – Reconheciam que haviam eles estado com Jesus.
Ó DEUS, Senhor nosso, quão majestoso é o teu nome em toda a terra! Tu que puseste a tua glória nos céus. – Emanuel… Deus conosco. – O seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. – Torre forte é o nome do SENHOR, à qual o justo se acolhe e está seguro.
Ct 1.3 – Ef 5.2 – 1 Pe 3.7 – Fp 2.9,10 – Cl 2.9 – Jo 14.15 – Rm 5.5 – Jo 12.3 – At 4.13 – Sl 8.1 – Mt 1.23 – Is 9.6 – Pv 18.10
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Foi com o coração aos pedaços que tomamos conhecimento de que o excelente apologeta e autor Ravi Zacharias se engajou por anos em atividades de abuso e crimes sexuais, muito parecidas com o que o médium João de Deus fez em seu centro espírita. Não é fofoca, o próprio ministério dele, capitaneado por sua família, veio a público após a sua morte confirmar as denúncias. Em meio a toda a tristeza do episódio, surge a pergunta: será que podemos extrair algo de bom dessa tragédia?
Sim, podemos.
O escândalo de Ravi é um grande grito de alerta contra a idolatria. Especificamente, contra a idolatria de expoentes do cristianismo, tão visível entre os melhores cérebros da teologia.
Basta gastar dez minutos passeando pelos feeds de setores sérios da igreja evangélica brasileira e você verá isso muito claramente.
Muitos irmãos reformados parece que falam mais de Calvino, Keller, Piper, Spurgeon, Carson e outros do que de Cristo.
Muitos irmãos arminianos parece que falam mais de Wesley, Armínio, Grotius, Allen, Graham e outros do que de Cristo.
Muitos irmãos pentecostais parece que falam mais de Seymour, Fee, Horton, Gee e Stronstad do que de Cristo.
Isso, para ser elegante e não mencionar os expoentes brasileiros das mais variadas tradições.
Há algum problema em citar tais pessoas? Não! Não, não e não! De jeito nenhum! São irmãos em Cristo que se dedicaram aos estudos ou a grandes feitos em defesa da fé e, cada um do seu jeito, têm contribuído imensamente com a cristandade. Eu mesmo sou um ávido leitor das obras de muitos deles e elas muito me edificam. Louvemos a Deus pela vida desses vasos de barro cheios do tesouro do evangelho.
O grande problema está na divinização inconsciente que fazemos dessas pessoas. Na hora de dialogar sobre teologia, com enorme frequência atribuímos a elas uma inerrância impressionante. É como se o que um deles falou fosse canônico.
Mas não é. Todos são errantes. Todos estão sujeitos à depravação total. Todos são sujeitos a escrutínio. Não há Paul Washer na face da terra que não carregue montanhas de pecados inconfessáveis. Porque todo homem de Deus é, antes de tudo, um homem. Eu sou. Você é. Todos somos.
Nossos diálogos devem, sim, trazer a contribuição desses pensadores. Mas aqui está o ponto: nunca, jamais, eles devem ser tomados como “se ele falou, tá falado”. Lutero foi um beberrão destemperado em suas palavras, que deu péssimos exemplos de como falar num diálogo apologético. Calvino apoiou a morte de Serveto. Spurgeon foi sectário na juventude. Paulo lutava com a arrogância. Pedro foi hipócrita. Todos têm esqueletos no armário: todos.
Portanto, escândalos como o de Ravi Zacharias não deveriam nos espantar. É apenas Deus em ação para esbofetear os idólatras de homens e nos lembrar: é tudo de Cristo, por Cristo, para Cristo. Fale de Cristo. Argumente com argumentos de Cristo. Proclame Cristo. Só ele é inerrante. Só ele é inquestionável.
É cansativo ver diálogos, conferências e livros onde mais se fala do que homens falaram do que do que a Escritura fala. Falamos sobre cristocentrismo mas só usamos argumentos de homens para defender nosso ponto de vista. Somos antropocêntricos para defender o cristocentrismo. E isso é absurdo.
Não há tulipa, chama de fogo, sarça ardente, logomarca qualquer que deva ser priorizada no lugar da cruz. A cruz, sempre, pois ela não erra.
Volto a dizer: não sou anti-intelectual. Longe, longe disso. Sou a favor do estudo, sou um editor de livros, estou cursando meu terceiro seminário teológico e sou extremamente grato a Deus por ele iluminar e capacitar homens e mulheres para falarem, pregarem e escreverem sobre a boa teologia cristã. O problema não é esse, é preciso deixar isso patente, pois a má interpretação de textos é uma praga em nossos dias. O meu ponto é: de todos os grandes teólogos e pensadores do cristianismo, nenhum é inerrante. Nenhum tem palavra canônica. Todos são passíveis de escrutínio. Todos devem ser analisados e questionados. No dia em que você entrar em uma discussão querendo encerrar a conversa com o argumento de que “fulano disse tal coisa, então é isso”, cuide-se: você virou um idólatra.
Meu irmão, minha irmã, só Jesus é absoluto. Só ele é inerrante. Em sua complexa simplicidade, ele é o grande argumento. Os homens? São Ravi Zacharias, Maurício Zágari e você: seres criados que contribuem para a cristandade mas devem ser, sempre, vistos como o que são: errantes pecadores, sujeitos à depravação total e altamente passíveis de falhas.
Por Cristo, com Cristo, em Cristo e para Cristo. Solus Christus.
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Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração?
O SENHOR olhou do céu para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, que buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um. – Os que estão na carne não podem agradar a Deus.
O querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. – Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico.
A Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que mediante a fé em Jesus Cristo fosse a promessa concedida aos que crêem. – Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões.
Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Pv 20.9 – Sl 14.2,3 – Rm 8.8 – Rm 7.18,19 – Gl 3.22 – 2 Co 5.19 – 1 Jo 1.8,9
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#ORAÇÃO #JABEZ #PROSPERIDADE
Faremos hoje a Poderosa Oração de Jabez, para que você viva um tempo de fartura e abundância em todas as áreas. Agora, preste atenção, pois isto é para você: Deus manda dizer que está perto o dia da sua colheita. Portas que não se abriram no passado, se abrirão. Oportunidades que você tem esperado, aparecerão! Se você crê que isso é pra você diga “amém”!
Canal Fábio Teruel: https://www.youtube.com/watch?v=6XlQjeoQKGc
Eu sou a tua porção e a tua herança.
A quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti. A minha carne e o meu coração desfalecem, mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção para sempre. – O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte. Caem-me as divisas em lugares amenos, é mui linda a minha herança.
A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma, portanto esperarei nele.
Tomei os teus testemunhos como herança para sempre, pois eles são o gozo do meu coração.
Ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água… Porque tens sido o meu auxílio, e à sombra das tuas asas me regozijarei.
O meu amado é meu, e eu sou dele.
Nm 18.20 – Sl 73.25,26 – Sl 16.5,6 – Lm 3.24 – Sl 119.111 – Sl 63.1,7 – Ct 2.16
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Sobre a semelhança de trono, havia uma semelhança, como a aparência de homem.
Cristo Jesus, homem. – Tornando-se em semelhança de homens … reconhecido em figura humana. – Visto… que os filhos têm participação comum de carne e sangue. Destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo. Eu sou… aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos. – Havendo Cristo sido ressuscitado dentre os mortos, já não morre mais; a morte não domina mais sobre ele. Pois, quanto a ter morrido de uma vez por todas morreu para o pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus. – Que será, pois, se virdes o Filho do homem subir para… onde primeiro estava? – Ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais. – Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
Foi crucificado em fraqueza, contudo vive pelo poder de Deus… nós também somos fracos nele mas viveremos com ele… pelo poder de Deus.
Ez 1.26 – 1 Tm 2.5 – Fp 2.7,8 – Hb 2.14 – Ap 1.18 – Rm 6.8,9 – Jo 6.62 – Ef 1.20 – Cl 2.9 – 2 Co 13.4
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Uma das coisas mais empolgantes sobre o 20schemes, para mim, é esta: embora muitas igrejas no Reino Unido ainda estejam debatendo o papel das mulheres no ministério, não apenas temos várias mulheres em funções-chave em nossa equipe aqui na Igreja da Comunidade de Niddrie, mas nós também estamos, estrategicamente e ativamente, treinando a próxima geração de trabalhadoras femininas. Isso é realmente emocionante!
Eu sei que toquei nisso há algumas semanas atrás, mas, seguindo a sugestão das Escrituras e usando a repetição para enfatizar o peso da questão, vou seguir em frente. Infelizmente, muitas mulheres, em igrejas em todo o Reino Unido, lutam, sem apoio, com as questões cotidianas da vida. Se isso é verdade de forma ampla, é especialmente verdade entre os pobres. Também há muitas mulheres, nas congregações, que são espiritualmente maduras, mas não têm a oportunidade de desenvolver ou usar os dons que Deus lhes deu. Simplificando, entrar na escala do chá/café, por si só não é uma oportunidade séria de ministério (embora seja uma tarefa necessária e importante).
O ministério de mulheres é muito mais do que o papel de visitante pastoral ou de alguém que dirige a reunião feminina na terça-feira à tarde. Novamente, essas funções são importantes, mas não são tudo e o fim de tudo quando se trata do tipo de ministério feminino abrangente necessário em nossas igrejas e comunidades.
Este post não é apenas para aqueles que estão no ministério vocacional de tempo integral. Temos uma necessidade desesperada de mulheres bondosas, piedosas e maduras em nossas congregações, de todas as classes sociais – incluindo mulheres casadas, solteiras, divorciadas e viúvas. Mulheres de todos os matizes precisam falar da verdade bíblica e da sabedoria umas das outras em uma variedade de contextos.
Tragicamente, muitas vezes o que passa por ministério entre as mulheres é motivado por eventos e raramente focado no discipulado. Nós entretemos nossas mulheres bem e as ensinamos bem, mas a coisa toda é clínica, baseada em cronogramas e de forma isolada. É envolvimento sem nenhum custo sério para si mesmo. Mas o verdadeiro discipulado é demorado, invasivo e caro.
Muitas mulheres temem falar a dura verdade em amor, por medo de ofender. Precisamos de mulheres com paixão por Jesus, um controle firme de sólida teologia e doutrina bíblica, e que saibam como falar sem medo e ousadamente na confusão da vida das mulheres dos dias modernos.
Quero compartilhar algumas formas pelas quais treinamos mulheres aqui no 20schemes, na esperança de que isso possa ser útil quando você pensa em treinar e educar mulheres em seu contexto, seja ele qual for.
Estagiárias nativas
As estagiárias nativas desempenham um papel integral em nossas igrejas nas comunidades habitacionais carentes da Escócia. Como convertidos locais, eles entendem a dinâmica da comunidade e servem como testemunhos vivos de como Deus salva pecadores. É uma apologética poderosa ver alguém que você conhece sendo transformado pelo evangelho.
Essas comunidades são apertadas e unidas. Muitas famílias viveram em Niddrie por mais de um século! Portanto, os cristãos nativos não precisam trabalhar para abrir portas porque já fazem parte da comunidade. O que falta a eles é o conhecimento teológico e bíblico, o qual podemos ensinar a eles facilmente.
O treinamento da 20schemes tem uma abordagem em três frentes para o desenvolvimento pessoal e espiritual:
As estagiárias indígenas da 20schemes passam no mínimo um ano e no máximo dois treinando conosco. Elas participam de todos os aspectos da vida da igreja e da comunidade. Elas são orientadas, apoiadas, desafiadas e avaliadas. Dedicamos tempo para prepará-las para o próximo estágio de trabalho de tempo integral ou ministério vocacional. Queremos incentivar o crescimento espiritual na comunidade e dar-lhes oportunidades de desenvolver seus dons.
Para aquelas que seguem em busca de ministério, nosso treinamento se torna muito mais focado. Treinamos essas mulheres especificamente em todos os aspectos do ministério feminino. Elas podem então se inscrever para uma função de ‘trabalhadora do evangelho’ conosco. Este treinamento é mais intenso, focado e contextualizado. As mulheres precisam estar devidamente preparadas para lidar com as realidades que enfrentarão de uma perspectiva bíblica sólida.
Como já afirmei, este é um papel integral para a estratégia de plantação de igrejas – mulheres maduras que estão dispostas a se comprometer a entrar em projetos de longo prazo como parte de uma equipe. Novas crentes precisam conhecer o plano de Deus para elas. Elas precisam saber como é a aparência de uma mulher bíblica e como Deus espera que ela pense, se comporte e aja. Ao sermos mentoras de novas convertidas, queremos ter um bom estudo da Bíblia, responsabilidade e muita oração. Precisamos gastar tempo com novas crentes. Precisamos modelar a maturidade e ensinar-lhes como é uma vida piedosa em todos os aspectos da vida.
Em círculos cristãos, estamos acostumados a definir formatos de estudo bíblico e oração uma vez por semana, mas isso simplesmente não é suficiente (quero dizer ‘nas comunidades’, mas, na verdade, não estou convencida de que nos reunirmos apenas uma vez por semana, em qualquer contexto, permitiria que qualquer pessoa vá além das coisas superficiais da vida). Se o novo convertido tiver que deixar para trás amizades íntimas que são quase tão estreitas quanto os laços familiares – amigos que estão na casa um do outro diariamente, trocando mensagens de texto constantemente, vivendo juntos – então, nessas comunidades, temos que oferecer algo mais íntimo, mais envolvente e mais conectado à vida cotidiana do que uma sessão de mentoria uma vez por semana. Comunidade autêntica é a chave.
Quando uma mulher se torna uma trabalhadora do evangelho, nós a ajudamos a desenvolver relacionamentos intencionais na comunidade, dirigir estudos bíblicos, se envolver em relacionamentos um a um, treinar as próximas estagiárias nativas em potencial, desenvolver programas necessários e participar em projetos comunitários existentes enquanto ela serve e testemunha dentro de sua comunidade. A 20schemes oferece treinamento, orientação e suporte ao longo do caminho para que haja alguém para responder a questões como: O que devo fazer quando?
Esta abordagem ao ministério de mulheres é importante? Eu acredito que é uma necessidade em cada congregação e em cada ambiente. Nas comunidades carentes, pelas necessidade serem multifacetadas e complexas, pode ser muito fácil para os cristãos evitar o espiritual e se concentrar no físico. Mesmo assim, a maioria das mulheres que vivem em nossas comunidades mais pobres está sofrendo sem a esperança do evangelho. Elas não ouviram as boas novas que podem libertá-las do fardo de seus pecados.
As mulheres, nas comunidades habitacionais carentes, precisam mais do que “saltar de paraquedas” para ser outra trabalhadora em sua vida, perpetuando a dependência. Eles precisam de mulheres que vivam com elas todos os dias. É assustador, é sacrificial, é de partir o coração, é difícil – é comprometedor, é glorioso, é engraçado, é incrível, é alegre e vale a pena!
A seara é grande e os trabalhadores são poucos.
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